agosto 31, 2007


Aquários me acalmam. Pink Floyd me acalma. A alma insistente se perde - atitude reflexiva e nada agradável. Queria, eu, possuir uma bola de cristal que funcionasse. Talvez se tivesse um espelho, no qual eu pudesse ver todos os meus pensamentos refletidos, fosse mais satisfeita. Minha cabeça se encontra como uma panela de pressão reprimida - prestes a explodir -. E toda calmaria que chega até mim, traz consigo uma pequena dose de tristeza – que logo cresce e torna-se dona de si, dentro de mim -. Como é difícil expressar os pensamentos e os sentimentos... Apenas quem o tenta, sabe. Nada que digo é realmente aquilo que gostaria de dizer. Nunca desabafo corretamente. Atualmente, calmaria torna-se sinônimo de amargura e passo inicial para isolamento. Eu quero, mesmo, um aquário...
Faço pausa para interpretar o que eu mesma estou dizendo, e, tentando dizer. Não sei sobre o que escrever, mas o quero fazer. Olho para a ponta de meus dedos surrando este teclado negro, para essas letras tortas e corretas, para esta escada que não sobe, para a cadeira que não é assento, para dentro do vazio. É como me sinto. Vazia. Se eu fosse uma sacola, provavelmente, algum moleque iria colocar seu ar dentro de mim e depois me estourar. Às vezes eu gostaria de ser uma sacola vazia, pois ser um humano vazio é vão demais. É quando sinto que a calmaria – triste – torna-se ansiedade e irritação. Ainda é triste. Porém, não se pode mais chamar de calmaria. Agora é só mais um sentimento vago. É bom desligar isso tudo, antes que me desligue. Apenas preciso de um aquário com peixes e cores. Muitas cores. Prefiro ter peixe à pássaro - eu jamais faria parte de seu público. Ao menos, sendo borboleta posso voar e saber que amanhã não irei acordar. Ah! Esqueci... Eu sou um humano.

Um comentário:

Ricardo disse...

eai humana...
vi um comentário teu que dizia "nhóó" n lembro aonde... achei engraçado. hehe. Beijos