maio 25, 2010

Depois da chuva



Acordei em uma manhã cinzenta com a cabeça nublada. Não chovia e nem brilhava sol. E quanto mais eu pensava mais as ideias se topavam, até que trovejava. Então, a chuva transbordando pelos olhos. Um temporal salgado que movia todos os músculos de meu rosto e me deixou encharcada. Meu coração palpitava nervoso, apertado, cheio de angústias. minhas mãos eram levadas a inundação da face involuntariamente. E lá onde o nublado se tornara chuva, eu pensava "o que está acontecendo?". As respostas vinham a galope e eu fechava os olhos, deixando-as passar. Queria que fossem outras, não aquelas. E cada vez chovia mais... até que parei de pensar. "Chega!", gritei a mim mesma. Logo vi uma resposta vindo de longe; parecia calma, querendo sussurrar o que representava sua chegada em meu peito com cuidado. Parei pra ouvi-la, tentei decodificá-la e aqui estou, eu, a trabalhá-la.