janeiro 14, 2013

Pai

Te devo meus olhos, minhas sobrancelhas e minhas mãos. Te devo meu extremismo e te devo meu equilíbrio. Te devo minha falta de paciência, minha implicância e meu ritmo lento em cada refeição. Te devo minha ira e te devo meu silêncio. Te devo minha facilidade de chorar e meu amor pelo campo. Te devo a maioria dos ingredientes do meu temperamento e, principalmente, te devo minha teimosia. Te devo ser reflexo de como tu és e nunca te devo altura em minhas respostas. Te devo uma série de comentários e me deves ver como a mulher que me torno. Não te devo saudades. Não me deves nossa história. Te devo existir e viver tão forte em um mundo tão áspero.

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