Tenho a morte trancada na garganta. Descubro a dor de assistir a vida continuar. Não lembro de acompanhar tão de perto a existência dos outros - a nossa - seguir - estreita, pesada, igual - enquanto a de alguém, parte do mesmo elenco, foi interrompida pelo fim.
O tempo engoliu uma peça do jogo. E ainda assim o tabuleiro exige ação.
A rotina é o tumor da perda.
A mesa dele continuava intacta. O telefone, a calculadora, a agenda. Estava tudo ali. Sem ele.
A vida é esse labirinto que leva a gente sempre pro mesmo lugar.
Qual o propósito?
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