Sentia no corpo um prédio
Até explodir de emoções
.
Me multipliquei em fragmentos
Um deles virou pluma
.
Ainda era eu
Respirando a cor da queda
.
Livre
junho 22, 2015
junho 07, 2015
Redes de silêncio
De faca em punho, o pescador desenredava suas possibilidades. Buscava pela fé. Temia tê-la afogado em seu oceano de esperanças. Eram tantas, que, por vezes lhe confundiam.
Estava ali, trilhado pelo vento nublado, escasso de palavras. Trocou poucas comigo. Perdia o olhar na rede vazia. Era a vida em reprise de uma frustração.
Foi silenciado pelo cansaço.
Era frágil a diferença entre a expectativa e a desilusão.
Carregava a sina que desafiou: prometeu ao tempo não abandonar o barco.
Estava ali, trilhado pelo vento nublado, escasso de palavras. Trocou poucas comigo. Perdia o olhar na rede vazia. Era a vida em reprise de uma frustração.
Foi silenciado pelo cansaço.
Era frágil a diferença entre a expectativa e a desilusão.
Carregava a sina que desafiou: prometeu ao tempo não abandonar o barco.
junho 04, 2015
Depois
Tenho a morte trancada na garganta. Descubro a dor de assistir a vida continuar. Não lembro de acompanhar tão de perto a existência dos outros - a nossa - seguir - estreita, pesada, igual - enquanto a de alguém, parte do mesmo elenco, foi interrompida pelo fim.
O tempo engoliu uma peça do jogo. E ainda assim o tabuleiro exige ação.
A rotina é o tumor da perda.
A mesa dele continuava intacta. O telefone, a calculadora, a agenda. Estava tudo ali. Sem ele.
A vida é esse labirinto que leva a gente sempre pro mesmo lugar.
Qual o propósito?
O tempo engoliu uma peça do jogo. E ainda assim o tabuleiro exige ação.
A rotina é o tumor da perda.
A mesa dele continuava intacta. O telefone, a calculadora, a agenda. Estava tudo ali. Sem ele.
A vida é esse labirinto que leva a gente sempre pro mesmo lugar.
Qual o propósito?
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