outubro 04, 2008
embalo
setembro 18, 2008
Surpresa!
agosto 12, 2008
Nós
E aí, de repente, nós vemos que crescemos - de um dia para o outro - e que nesse intervalo de mudança de data ficou um vazio, antes preenchido por outra pessoa. Nós sabemos que não existe alguém capaz de preenchê-lo, mas não acomodamo-nos com tal vão. Então, nós saímos pela porta e deixamos a janela aberta. Procuramos novidades, verde, sol, estação, filmes, calor humano, palavras sinceras, risadas vagas e cheias de alegria. É estranho como tantas maravilhas acontecem em nossa vida e não percebemos mais a falta que aquele pretérito-mais-que-perfeito faz - e, como, nem queremos que ele volte. Mas, mais estranho é essas pessoas, que tanto nos fizeram sorrir, não mais participarem de grande parte dos acontecimentos de nossa vida e, ainda assim, sorrirmos de verdade. Sem nostalgia, demagogia ou fingimento. A vida, simplesmente, não parou e tampouco parou o coração. Tanto amamos essas pessoas! Elas chegam à nossa mente sempre, porém, parece que nos acostumamos com sua ausência em nosso cotidiano. Elas não ficaram no passado ou em algum porta-retrato; permanecem em nosso coração embrulhadas para presente em um pacote brilhante. E proporcional à maneira que nos fizeram crescer, elas também cresceram dentro de nós. A distância não muda nada, jamais. Desde que haja diálogo podemos morar no Japão e outra parte na Argentina que seremos, sempre, como irmãos. Ah! E é tão bom receber um abraço já conhecido... Receber aquele carinho que há tanto tempo não sentimos. Notar cada diferença, saber que também fomos notados e, ainda assim, haver respeito e amor em cada palavra trocada. Não nos deveria trazer tristeza mas, sim, felicidade - porém, essa idéia parte da consciência de cada um -, pois somos a união de cada pedacinho que nós acrescentamos às pessoas.
pra ficar tudo jóia rara
julho 29, 2008
julho 14, 2008
julho 06, 2008
temor
temo a tempestade
não temo o amor
mas temo amar-te
a isso temo
porque temo que não temas
a ardência de meus sussurros em tuas orelhas
e a transparência de meus suspiros em tua nuca
julho 04, 2008
4 de Julho
Minha melhor amiga
Ela é rude, mas aprendeu com o tempo que todos têm seu valor.
Ela é simples, no jeito de se vestir. No jeito de calçar os sapatos. No modo como usa seu all star velho e amarra os cadarços com lentos lacinhos.
No entanto, mesmo assim, ela é tão sofisticada. Discursa tão bem e tão bonito. Convence qualquer um. De suas loucuras, de seus temores.
É intensa. Profundamente enriquecedora. Culta. Inteligente.
Uma mulher do século XXI, com os princípios de uma princesa medieval.
Ela é meu cérebro. Meu ponto de partida e de chegada. É minha irmã. Minha cúmplice. Minha consciência. Minha festa. Meu alvoroço. Meu silêncio.
São tantos os vocábulos que te definem. É tão profundo meu sossego quando penso em nossa amizade.
Tu és uma mãe. Uma filha. Um livro. Um copo de leite. Tu és um abraço apertado, uma alma que entende minhas loucuras, meus fascínios, minhas aventuras, meus erros e meus acertos. És única.
Te admirar se tornou um hábito. Desde as primeiras poesias que escrevias na nossa infância. Já eras tão decidida, enquanto eu mal sabia o que eram rimas. Agora és uma futura jornalista, e eu, eu que mal imaginávamos em uma faculdade. Dou-me de cara com o tempo ultrapassando todas as barreiras.
É mais uma fase que estamos juntas. E mais. Muito mais. Somos o exemplo perfeito da cumplicidade, da amizade verdadeira, do afeto, do carinho. E, posso sim, me gabar disso.
Fazes 18 anos... E um silêncio toma conta das minhas letras. Eu mal sei onde termino e tu começas. Sei exclusivamente que somos a dupla exata. Com muitos sorrisos, muitas histórias para contar aos nossos filhos – que serão primos de sangue imaginário -, com muita sorte, com muito charme, muito xuxexo, e claro, muito sarcasmo. Afinal, o que seria de mim sem as tuas gargalhadas.
Esse é o nosso tempo. Essa é a nossa juventude. E agradeço aos céus, por alguém ter feito meu caminho cruzar com o teu, amiga.
Eu te amo muito
Um beijo enorme e um abraço de urso, daqueles.
junho 29, 2008
ainda
ando sem dom
ando procurando inspiração
ando procurando
ando encontrando
ando encontrando aos tropeços
ando frustrando o meu ser
ando identificando
ando temendo
ando ouvindo
ando falando
ando pensando
ando olhando pra baixo
ando cansada
ando contente
ando noturna
ando sem rotina
ando sem rumo
ando sem chão
e ainda ando
junho 13, 2008
Sempre Lanna
Talvez isso seja pequeno. Uma homenagem pequena para uma grande pessoa.
Hoje és, ainda, maior. Maior perante a lei, sempre maior perante os outros. Porém, continuas sendo a minha “baby girl”. Sempre serás. Aquela da voz fina. Que é forte, que luta, que fala e muda de idéia falando – afinal, triste é aquele que não tem idéias para mudar, já dizia o poeta. És aquela que é tão parecida comigo e tão diferente de mim. És a minha metade. És. És humana. És alguém. Alguém que chora, sorri, debocha, diverte, ouve, cativa e sente. Sentes, sempre sentes. Sentes compaixão, amor, vontade, felicidade. És apaixonada pela vida e ela por ti.
És minha irmã e és indócil. Tu dizes que sou teu chão, pois eu digo que és meu céu. Tu és para onde corro quando preciso de colo ou, simplesmente, enriquecer meu dia. Despertas em mim outra; querendo muito, capaz de tudo. És linda dos cabelos picotados, olhos negros e profundos, até a alma. Tens alma. Alma de garotinha, de mulher, de artista. Metade Amélie, metade Marilyn.
Completares dezoito – muito bem vividos – anos é, também, o meu aniversário. Como é bom estar contigo em mais um 13 de Junho! Faço parte da tua história, assim como fazes parte da minha. Já não conseguiria viver sem teus conselhos, nossas conversas, nossas gargalhadas, nossos abraços, nossas palavras, sem ti. És imprescindível. És mais parte de quem sou do que imaginas. Ah, e como imaginas! O mundo é teu, Neneca. As cores são tuas. O inferno são os outros. Tens contigo toda a força que precisas, podes ter certeza. E tens em mim um poço de luz, que sempre vai te iluminar quando estiveres sob alguma nuvem.
Amiga, tu és mais, muito mais. E eu quero, aqui, humildemente te parabenizar. Que tu continues sempre assim; sempre meiga, sempre alegre, sempre simples. Sempre Lanna. Eu te amo demais. Um beijo estalado e um abraço apertado.
junho 08, 2008
junho 07, 2008
Idealizo uma sala - mais parecida com um banheiro. De vidro. É tudo em tons de azul, até a luz. Um azul claro, quase branco. No meio do ambiente há uma banheira branca. A água ali contida é azul, devido à iluminação. Dentro da banheira há uma mulher usando roupas vermelhas, sua pele é branca – não azulada – e seus cabelos são negros. Em seu rosto e corpo há marcas de violência. Ela não sente dor, apenas tenta nadar naquela água contrastante. É dia lá fora. De repente, ela sente um aperto em seu peito. Sua boca seca e seus olhos parecem insignificantes. Não há sinal, não há relógio. A criança que ela abandonara ao tornar-se mulher lhe vem à mente. A boneca que carregava nos braços ainda está intacta sobre sua cama, na casa de mamãe e papai. Ela não consegue mover os lábios. Então, eis que ao piscar os olhos surgem olhares - todos voltados para ela. Em nenhum deles havia expressão. A luz azul não mais havia e sua solidão fora embora juntamente com seus sinais vitais. E agora? – Pensava ela. Bem-vinda ao Inferno, Parlo. – saudou o Anjo, antes.
Cuidada
De repente as idéias clarearam, ainda que as palavras estivessem embaçadas. Passei tempos nadando em uma incerteza profunda, com angústias a me socorrer. De que adianta – pensei comigo mesma – nadar em dúvidas e apoiar-se em mágoas? Para que servem as mágoas? As vezes prefiro ter lembranças de nada e nenhum. Eu quero é paz. Hoje aprendi a cuidar. Cuidei das palavras, dos gestos e das expressões faciais. Cuidei porque quis. Posso ser muito inexpressiva aos outros, enquanto que, para mim, estou sendo extremamente clara no que quis apresentar aos que vêem. A intenção de cuidar era não deixar qualquer que fosse o ser desconfortável. Qualquer que é – e é. Quem acabou segurando a bomba - e digo de tal – fui eu. Ao pisar em terra firme desci do salto, soltei o cabelo, lavei o rosto e botei abrigo. Confortou-me o fato de poder rir altíssimo ou simplesmente ficar
maio 23, 2008
maio 20, 2008
na rua de deus
abril 26, 2008
abril 22, 2008
abril 10, 2008
Sobre o sono
março 29, 2008
(à esquerda)
e agora, pra onde a gente vai? a gente eu não sei. eu vou pra lá. (nem aqui nem ali; lá. já sabe, né?)
Febril
março 27, 2008
Fecho as portas. Escondo-me entre paredes. Abro a mente. Tento resgatar um passado mal resolvido, um tempo que dei e que nunca concluí. Agarro-me ao volante, piso no acelerador, apago o carro, não coordeno os movimentos. Freio. Tarde, mas freio. Caos. Medo. Insegurança. Decepção. Onde estava minha cabeça? Não poderia estar com ela, não parecia ser possível. Mais uma noite brincando com o desconhecido, mais uma vez dando de cara – quase que literalmente – no concreto. Quase. Tem gente que gosta do estrago, eu nunca me senti atraída por tal. Eu gosto de me entregar ao momento, deixar que ele me guie na mais avassaladora dança ou na mais cruel esquina. Não gosto do estrago. Já estraguei diversas vezes e isso não me trouxe nada de bom. De repente acabei por entregar-me a momentos não tão certos; porém, não me entreguei
março 20, 2008
About Her.
março 14, 2008
"Back to black?"
As lágrimas escorriam pelo meu rosto. Nem precisei levantar a cabeça para perceber que a lágrima havia se confundido com a chuva. O céu inteiro chorou comigo. Minha blusa que camuflava verde, camuflou céu. Camuflou cinza. Todos corriam e eu não. Não tinha pressa para nada, a ferida não iria curar se eu corresse. Foram gotas, apenas gotas. E eu precisava de um céu em prantos, derrubando água de nuvem a nuvem. Não aguentei; já não aguentava. De repente, as cápsulas não pareciam tão péssima idéia. Já as tomava para dormir uma noite, duas, três. Quantas, delas, eu precisaria para dormir todas as noites, de uma vez? Os prédios agora projetam sombra. O céu parou de chorar, mas eu não. O pranto que eu desejei para o céu é meu. Parece que os dias escuros estão de volta.
março 12, 2008
O que escrever quando a cabeça está cheia de pensamentos incompletos?
Posso começar por esquecer. Quando começa-se a esquecer? Quando a retina irá cansar-se das mesmas cores que a apedrejam de prazer e desgosto? Será que minha retina gosta de rotina? Se gostar, não posso contar com ela para esquecer. Posso contar com a distância! Pois, aquilo que os olhos não vêem, o coração não sente. Certo? Não.
E a mente? Se o que a retina não alcança, o órgão responsável pela minha vida não percebe, qual seria a função da mente? Fora o fato de ela me contrariar a cada instante. (Claro, digo isso como ser incontrolavelmente pensante) E o meu livre-arbítrio? Se eu sou livre para fazer aquilo que quero e minha vontade é esquecer, por que não consigo? Por que meu livre-arbítrio não se aplica a mim mesma? Se tudo fosse apenas uma questão olhos-coração, o mundo seria um grande “The Sims” e Einstein um extra-terráqueo - se é que não foi. Na realidade, fica fácil o homem reduzir a si próprio em simplicidade de anseios e ditos, tal o seu medo em descer às suas profundezas.
Sou feita de complexidade – não acho que seja a única, definitivamente - e uma mistura de pensamentos contraditórios. Poderia passar horas discutindo com minha mente sobre tudo que aprendi nos livros, porém que nunca entendi. O dia que parar de me contrariar, já posso dormir. Sei o que é a definição do amor pelos meus colegas e minha professora de Comunicação e Psicologia. Porém, que tanto sabemos, nós, meros seres humanos – muitas vezes vítimas da angústia solitária - sobre o amor ou qualquer outro, denominado, “sentimento”? Sei que amar é oferecer sem pedir nada em troca; sem querer
Quem me fez em mente, pupila e coração?
Ainda não sei esquecer, mas consigo não lembrar. Nunca. Sempre. Ainda.
Comecei por esquecer e não lembrei de terminar. (Mas, por que TUDO tem que ter fim?) Será que esqueci? Ponto pra mim.
janeiro 12, 2008
Sob(re) cinzas em mente
Salvo pelo frio tímido o dia acabou não sendo dos piores. Aliás, se eu pensar positivamente - e confesso, isso está sendo realmente complicado - o dia foi muito melhor que eu esperava. Até por que, passei o dia com a vó e suas guloseimas. Ela é a peça fundamental da minha vontade de pisar naquele prédio com lembranças nada nítidas ou agradáveis. Cada vez que olho fundo naqueles olhos cansados e sábios, penso: quero ser assim. Quero ter as rugas lindamente desenhadas e harmoniosas, um sorriso gentil e sincero, olhar sábio e nada educado e, mais ainda, ser herdeira do melhor abraço. A casa da vó é sempre confortável e acolhedora - exatamente como ela. Será sempre o meu álibi.
Andei na rua por volta das 15 horas. Há tempo que não tenho tal coragem, mas para minha sorte o sol esteve de folga hoje. Apesar de triste, um dia cinza é capaz de clarear pensamentos. Comigo, por exemplo, é mais ou menos assim: uma tempestade impetuosa, quase um vendaval na minha cabeça durante os dias de sol; então, de repente - após muitos surtos - tudo vai se acalmando e as noites ficando mais longas no meu mundo, contrariando os dias em que o céu do mundo externo chora como uma criança sem a chupeta. E, assim, como acontece com a criança, que depois de tanto procurar sua chupeta a encontra e se acalma com ela entre os lábios: BUM!, surge um arco-íris no céu e outro na minha mente, o qual eu consigo sentir e deslizar a minha alma; uma longa viagem, onde tenho tempo para refletir os olhos e a consciência, até chegar ao tão cobiçado pote de ouro. Se bem que, na minha mente, não é ouro que o pote possui e, sim, soluções.
É tudo muito complicado. Está tudo muito complicado. Nem consigo me expressar direito com tantas palavras em mente e pontuações obrigatórias - que fazem tudo ficar mais bonito e organizado. Tenho sono e a claridade de um novo dia cada vez, mais, me obriga a deitar - meu pescoço também pede por tal ato. Por fim, a conclusão que cheguei de um dia longo e de pensamentos borbulhantes, é a de que não foi um dia ruim, foi um dia bastante proveitoso e útil - sexta.
janeiro 08, 2008
a versão nova de uma velha história
supreso com a reação daquela doce mulher que conhecera e que agora soava tão ríspida, indagou: "a minha sinceridade?" com os olhos fixos e certos ela respondeu, novamente: "não, tua escuridão e teu medo. tua covardia é maior que esses músculos, tua sinceridade e teu caráter. eu não o amei sendo assim. eu amei outro. amei quem tu eras. pode voltar de onde vieste, por ti não derramo mais lágrima. talvez derramasse pelo outro, mas aquele se foi há tempo e eu percebi tarde. vendei meus olhos e vendi minha alma à uma felicidade cômoda. nunca quis comodidade, apenas felicidade e pensei que a tivesse em minha vida. se me enganei, fiques certo de minha pressa em corrigir tal erro. pois se, aqui, algo acabou foi o amor - o nosso - não a minha vontade de ser feliz".